A sigla PANCs significa Plantas Alimentícias Não Convencionais. Em outras palavras, quer dizer “todas as plantas que poderíamos consumir, mas não consumimos”.
Muitas delas, inclusive, são descartadas por serem confundidas com pragas e erva daninhas, assim como a rúcula, que era considerada uma planta invasora até algum tempo atrás.
As PANC devem estar relacionadas com aquilo que o ambiente local pode proporcionar. O interesse não é importar alimentos de longe, e sim maximizar aquilo que pode ser oferecido em torno de um certo local. Todas as regiões do país possuem um grande potencial para explorar plantas alimentícias não convencionais, sejam elas nativas ou originárias de outros lugares.
Seu consumo é amparado por uma série de pesquisas científicas, que indica não só a segurança de seu uso, mas suas propriedades nutricionais. Deve-se ter certeza de qual parte é comestível e atentar-se a preparação destas. É recomendado o cozimento, pois substâncias indesejadas, chamadas de fatores anti-nutricionais, são destruídas com o calor, deixando o alimento mais seguro.
Há uma extensa lista de motivos para se consumir PANCs, elas possuem uma variedade de nutrientes, podem combater a desnutrição e a fome em áreas com menos condições financeiras, curam o solo e, principalmente, permitem a variação alimentar e de sabores.
Algumas das principais PANCs e mais fáceis de se encontrar são: Ora-pro-nóbis, Bertalha, Coração de bananeira, Dente-de-leão, Taioba, Hibisco, Peixinho, Azedinha.
As PANCs podem ser encontradas nos nossos jardins, em feiras orgânicas e com pequenos agricultores familiares. Não se deve nunca consumir flores comestíveis que são comercializadas em floricultura, pois essas possuem adição de substâncias que podem ser prejudiciais à saúde.