A ONG Banco de Alimentos participou da Vivência para Alimentação Escolar promovida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), pela Embrapa Alimentos e Territórios e pelo Sebrae Alagoas nos dias 5 e 6 de maio. Realizada no Centro Xingó de Convivência com o Semiárido, em Piranhas (AL), a ação teve como objetivo abrir discussões com gestores públicos e profissionais da área, além de capacitar merendeiras de três municípios alagoanos – Piranhas, Delmiro Gouveia e Canindé.
As merendeiras são fundamentais agentes de transformação para a conscientização de alunos e suas famílias quanto à importância de consumir os produtos oriundos da agrobiodiversidade local, segundo a coordenadora do Projeto Dom Helder Câmara no MDA, Josilene Magalhães. O Projeto atua na região buscando reduzir a pobreza rural e promover a segurança alimentar e nutricional da população da região.
A iniciativa tem apoio do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), cujo objetivo principal é promover ações diversas de fomento de programas que visam contribuir para a redução da fome e a melhoria da alimentação da população geral – tanto em qualidade quanto em quantidade.
Durante o evento, foi lançada a quinta edição do Concurso para Merendeiras, com a palestra “Avanços da Legislação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), na direção do Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável”, ministrada pela assessora técnica do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição da Universidade Federal da Bahia (CECANE/UFBA), Lílian Silva Dos Santos. A ação é coordenada pelo Sebrae Alagoas com o apoio da Embrapa Alimentos e Territórios e visa eleger, divulgar e premiar receitas elaboradas por merendeiras que atuam em escolas públicas de educação básica em 21 municípios alagoanos.
Uma das funções primárias do PNAE é garantir alimentação de qualidade a milhares de crianças através do incentivo para compras públicas de agricultura familiar, o que movimenta a economia local e contribui para a qualidade de vida dos moradores da região.
“A conexão da alimentação escolar com a agricultura local gera mais renda para quem produz e mais saúde para quem consome. É uma forma de fortalecer circuitos curtos de produção e consumo. Mas ainda existem desafios a serem transpostos, como buscar meios para que as cidades menores possam certificar a produção de proteína animal e comprar mais localmente”, destaca Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios.
Ainda no primeiro dia do evento, a temática da alimentação escolar foi o foco das dinâmicas. Entre as atividades promovidas, a nutricionista Natália Rodrigues, da ONG Banco de Alimentos, falou sobre aproveitamento integral, reaproveitamento e boas práticas da manipulação dos alimentos.
Para a ONG é um privilégio poder participar de iniciativas que buscam cortar o mal da fome pela raiz, incentivar a alimentação saudável através do consumo dos produtos da agricultura local e principalmente educar crianças e adultos sobre a importância de valorizar a alimentação de qualidade. A consciência leva à ação, e assim é possível transformar a realidade daqueles que sofrem com a insegurança alimentar.