A fome sempre foi um problema grave no Brasil, mas com a Covid-19, a situação piorou muito. Antes da pandemia, havia 57 milhões de pessoas vivendo em insegurança alimentar no país, sem acesso pleno e permanente a alimentos; em abril de 2021, 116,8 milhões de pessoas passaram a viver em insegurança alimentar, sendo que 43,3 milhões não tem acesso aos alimentos em quantidade suficiente (insegurança alimentar moderada) e 19 milhões passam fome (insegurança alimentar grave), segundo pesquisa da Rede PENSSAN – Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, realizada em dezembro de 2020, o que revela a urgência da mobilização.
Diante dessa nova realidade e da crise decorrente da Covid-19, ampliamos a nossa atuação a partir de março de 2020. Na certeza de que alimento é vida e a fome não pode esperar, decidimos agir rapidamente para levar alimentos aos mais atingidos pela crise. Além do trabalho de Colheita Urbana, passamos a entregar cestas básicas e cartões de alimentação, criando uma logística capaz de atender a mais de 200 comunidades carentes na cidade de São Paulo e região metropolitana. Trezentas entidades sociais, coletivos e agrupamentos passaram a receber doações, em um intenso trabalho de mobilização, para que fosse possível fazer a distribuição de cestas básicas e cartões vale-alimentação às comunidades mais atingidas.
O resultado desta mobilização foi a entrega, entre abril de 2020 e maio de 2021, de mais de 5,62 milhões de quilos de alimentos por meio da Colheita Urbana, cestas básicas e cartões/cestas digitais.
Mas não podemos parar.
Em comemoração ao nosso aniversário de 23 anos lançamos a campanha O BRASIL QUE COME, ALIMENTA O QUE TEM FOME, com o objetivo de arrecadar R$1 milhão em doações para os mais atingidos pela crise na pandemia.
Nos ajude a entregar cestas de alimentos e cartões alimentação aos mais atingidos pela crise da pandemia.