Luciana Quintão, da ONG Banco de Alimentos, distribuiu quase 6 milhões de quilos de comida
Reportagem destaca o perfil de Luciana C. Quintão, finalist do Prêmio Empreendedor Social na categoria Emergência Sanitária. O texto valoriza as ações da ONG Banco de Alimentos durante a pandemia e retrata a história de vida de Luciana, que lembrou a história de 23 anos da instituição. A decisão de abrir a ONG esbarrou em resistências e prejulgamentos. “Era uma iniciativa à frente de seu tempo, e fui considerada desobediente civil, com ameaça de ser presa, já que não tinha proteção da legislação. Enviamos 400 cartas para indústrias de alimentos. Só cinco responderam, com votos de boa sorte. Um baque, mas não desanimei,” afirma Luciana.
Em destaque também, o livro de Luciana – Inteligência Social – a Perspectiva de um Mundo sem Fome(s), lançado no final de 2019. “A inteligência social tem que estar a serviço da coletividade, tendo interface com inteligência política, econômica e educacional, todas as outras áreas necessárias à sociedade”, defende Luciana.
Conta ainda que Luciana quer inspirar também estudantes. Lançou em outubro uma plataforma, que inclui o aplicativo Inteligência Social, em fase de teste.
“Acredito que escolas devem e podem ser um centro transformador.” É uma ação voltada para o Brasil que não passa fome, mas, por não fazer nada, faz com que ela se perpetue.
Para Luciana, a fome é uma metáfora universal para a falta. “Há muitas fomes. Percebi isso desde cedo. Falta de educação, falta de saúde, falta de acesso à comida. O que nos prejudica é a falta de acesso.”